sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Fome no Mundo.

Texto para comentário dos alunos do 3 ano de geografia do colégio encanto.
Minimo de 10 linhas.

FOME NO MEIO DE FARTURA
06-08-2011 17:59:35

Njoro (Quénia), 06 Ago (AIM) – Alimentos estão a ser perdidos em algumas partes da província do Rift Valley, no Quénia, a principal região produtora de alimentos no país, tudo porque os camponeses não encontram mercados para a sua produção, enquanto uma severa seca assola as regiões a norte do país.

Cerca de 3,7 milhões de quenianos necessitam de alimentos para sobreviver, entre os cerca de 12,4 milhões de vítimas da seca no Corno de África, diz o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

No Rift Valley, sul do Quénia, os camponeses debatem-se para colocar os seus excedentes de produção de milho e vegetais em algum mercado mas enfrentam sérias dificuldades.

Por vezes sinto-me forçado a dar os meus vegetais ao meu gado; é doloroso ver tanta produção a perder-se”, disse John Kariuki, um camponês na zona de Deffo, em Njoro, no Rift valley.

Kariuki calcula que gasta cerca de 92 dólares americanos no cultivo e sementeira dos seus 0,8 hectares, mas agora enfrenta muitas perdas. “Eu não me importo quanto a pessoa pode pagar por estas couves, tudo quanto quero é algum retorno”, disse.

A cena de camponeses transportando a sua produção em bicicletas e camionetas é muito comum na Estrada Njoro-Nakuru. Mas os viajantes e comerciantes compram o que podem, a preços muito baixos. Um pé de couve vende-se a cinco ou seis cêntimos do dólar, mais baixo do que os cerca de 60 a 80 cêntimos há alguns meses.

Esta situação repete-se em muitas outras partes do país, com zonas tais como Bomet, Kericho, nandi, Narok e Uasin Gishu a registasrem produção entre normal e excedentária, enquanto em zonas como Kajiado, Laikipia, Pokot, Samburu e Turka, milhares de pessoas vivem dependentes de ajuda alimentar do estrangeiro.

Altas taxas de malnutrição, até 37,4 por cento, foram registadas em algumas partes de Turkana, e também no Rift Valley.

Problemas de conservação de alimentos

Uma parte do problema é a falta de unidades para a conservação de alimentos para garantir que os excedentes de produtos frescos não de deteriore.

“Desde há muito que uma política de conservação de alimentos se provou necessária no Quénia; mas infelizmente poderá levar muito tempo até que trace uma e que ela seja implementada”, disse Leah Nkhone, antiga directora do Projecto de Pesquisa e Formação e Gestão de Produtos alimentares, e cientista de solos na Universidade de Egerton, em Njoro.

A batata podia ser conservada frita, empacotada, refrigerada, e vendida ou distribuída, enquanto que os vegetais podiam ser secados e distribuídos às pessoas que passam fome, disse Nakhone.

“Se o governo desse que tais condições aos camponeses, eles poderiam não ver a sua produção apodrecer”, disse ela, acrescentando que isto poderia garantir que os preços dos produtos não variassem tanto entre a época seca e a época chuvosa.

Actualmente, um saco de bata de 110 quilos está a vender entre oito dólares e 11,50 dólares, contra os 57,50 dólares em Fevereiro e Março em Njoro.

Somente os camponeses que moram perto das principais rodovias conseguem vender a sua produção, mesmo com estes baixos preços, enquanto os que moram mais longe resignam-se a olhar a sua produção deteriorar-se.

Tenho visto outros camponeses a verem a sua produção se deteriorar nos campos por falta de mercado”, disse Lucy Biyott, uma camponesa de Njoro, que colheu 16 sacos de batata irlandesa do seu campo familiar de 1,2 hectares. “Penso onde estarão as pessoas as pessoas que passam fome. Como eu gostaria de poder transportar até alguma desta batata!”

Uma campanha de angariação de fundos “Quenianos Pelo Quénia”, visa conseguir cerca de 5,4 milhões de dólares americanos em quatro semanas e até agora conseguiu dois milhões desde o e seu lançamento a 27 de Julho.

Na região de Mau Nrok, o camponês Billy Muriungi tem mais sorte com a sua colheita de feijão, que ele pretende secá-lo até ao tempo de escassez, quando os preços forem mais altos.

“Estou agora a cultivar para plantar para a próxima época; espero que a chuva continue e me dê outra boa colheita”, disse.

O desafio de transporte

Como pode uma pessoa transportar couve para o norte do Quénia a partir de Nakuru?” questionou a Ministra dos Programas especiais, Esther Murugi.

Uma fraca rede de estradas e insegurança no remoto norte exacerbam o problema do acesso.

'Estamos à procura de fundos dos doadores para adquirir produtos tais como batata, couve para distribuir em zonas mais próximas tais como Mwingi e Kitui (no leste do Quénia), onde as pessoas estão também a passar fome', disse ela. 'Se os camponeses podem transportar batata de Nakuru a Mombassa, significa que o governo também pode'.

Ela disse que os preços dos produtos e os custos de transporte teriam que ser considerados antes que tal programa seja lançado, e acrescentou que até agora, o governo alocou apenas fundos para a aquisição de arroz, milho, feijão e óleo alimentar para as pessoas que passam fome.
(AIM)
Irin/bm/le



 




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