segunda-feira, 9 de abril de 2012

RESUMO REPUBLICA DA ESPADA E DA OLIGARQUIA


A república da espada: 
O período republicano do Brasil que se entende de 1889 á 1894 é conhecido como República da Espada. 
Durante este período os governantes do Brasil foram os marechais Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca. E mesmo eles sendo militares, o Exército brasileiro não tinha dominio sobre o País, tinham apenas o dever de fortalecer os estabelecimentos republicanos, e condicionar as lideranças politicas civis, que representavam as classes dominantes para assumirem o poder. 

Governo provisório de Deodoro (1889 a 1891): 
Com a república recém proclamada, instituiu o governo provisório para o Marechal Deodoro, marcado em 15 de novembro de 1889. O seu governo era composto por alguns republicanos e liberais da monarquia, que aprovaram com uma grande facilidade o novo regime. 
No governo de Deodoro ocorreram diversas situações de conflito e crises políticas, pois as suas medidas só visavam os interesses da classe média e da burguesia. Essas medidas inseriam uma série de reformas na estrutura institucional do Brasil. Todos esses conflitos geraram a demissão coletiva do Ministério.

O encilhamento: 

Durante o governo provisório de Deodoro da Fonseca, o então ministro da fazenda Rui Barbosa, para desenvolver a industrialização no Brasil, acabou buscando uma política diferenciada, que tinha por base créditos livres nos investimentos industriais, que eram garantidos pela emissão de monetárias. A crise do encilhamento que aconteceu em 1890, durante o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca, surgiu através de boicotes sofridos por empresas-fantasmas e inflações. Foi um momento de grande confusão financeira, ocorrendo até mesmo a desvalorização da moeda, que causou um grande aumento dos preços, e muitas empresas e bancos pequenos entraram em falência. Apenas os bancos maiores, é que continuaram fortalecidos. 
Os problemas desencadeados pelo encilhamento foram em partes solucionados, apenas no governo de Campos Sales. 

Constituição de 1891 

a) Foi elaborada por uma Assembléia Constituinte. 

b) Estabeleceu como forma de governo a República; como sistema de governo o Presidencialismo. 

c) Sofreu forte influência dos Estados Unidos. O País passou a chamar-se República dos Estados Unidos do Brasil. 

d) Transformou o Brasil em federação composta de 20 estados autônomos. 

e) Impôs o voto universal (direto) e descoberto (aberto) para todos os cidadãos maiores de 21 anos. Não podiam votar analfabetos, mulheres, mendigos, praças de pré e religiosos de ordem monástica. 

f) Adotou a divisão em três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 

g) Promoveu a separação entre a igreja católica e o Estado. 

Observação – O presidente da República era eleito para um mandato de 4 anos, vedada a reeleição. 

A primeira eleição presidencial: A primeira eleição presidencial do Brasil aconteceu de forma indireta pelo Congresso Constituinte, assim como manda a Contituição de 1891. Sendo que o presidente e vice-presidente eleitos assumiriam o mandato por 4 anos. 
As votações não se restringiam apenas aos presidentes ou deputados, se espandiam aos vice-presidentes, ou seja, o voto de presidente e vice-presidente não tinham vínculos. 
Como candidatos à presidência tivemos o senador Prudente José de Morais e Barros e o chefe de governo provisório marechal Manuel Deodoro da Fonseca. E para vice-presidente tivemos o almirante Eduardo Wandenkolk, e o marechal Floriano Peixoto. 
As eleições se realizaram em 25 de feveiro de 1891, com a vitória do marechal Deodoro como presidente, e do marechal Floriano Peixoto como vice, sendo anunciados pelo parlamentarista Antônio Eusébio. 

O governo constitucional de Deodoro: 
A presidência de Deodoro da Fonseca foi marcada por muitas crises, devido ao seu governo autoritário. O presidente estava em uma situação politica complicada. Alguns grupos apoiavam Deodoro, como os governos estaduais, já a grande maioria do Congresso Nacional tinham uma forte oposição ao presidente. 
Em 03 de fevereiro de 1891, a fase contitucional do Marechal Deodoro da Foseca é marcada por um golpe de Estado, influenciando a opinião pública que se opôs contra o presidente. 
Para impedir que uma guerra civil eclodisse no País, o almirante Custódio de Melo, amotinou-se, exigindo a renuncia do presidente. E em 23 de novembro de 1891, o marechal Deodoro da Fonseca renunciou a presidência, deixando seu cargo para seu vice Floriano Peixoto. 

O governo de Floriano Peixoto: 

Com a renúncia de Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto assumiu a presidência do País. Era apelidado de “Marechal de ferro”, devido algumas atitudes firmes, e ditadoras tomadas por ele. 
Atentavam-se à seu governo como ilícito, pois segundo a Constituição de 1981, se o presidente não completasse a metade de seu mandato, o vice-presidente assumiria o cargo porvisoriamente por noventa dias, quando seria convocada novas eleições. Floriano Peixoto acabou agindo de forma inconstitucional, não respeitando as “Disposições Transiotórias” da Constituição, e permaneceu na presidência. Assim deixou acontecer uma enfurecida oposição entre grupos civis e militares deodoristas. 
Em 1892, o antiflorianismo creceu entre as unidades do Exército e da Marinha, que não admitiam o governo ilícito. Houve também o Manifesto dos 13 Generais, realizado por almirantes e generais, que exigiam imediatemente as novas eleições. 
O marechal enfrentou duas revoltas importantes, a Revolta Armada que aconteceu no Rio de Janeiro e a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul.

A revolução Federalista: 
Foram batalhas que tiraram a vida de muita gente e que acabou se transformando em uma guerra cívil, que se estendeu de fevereiro de 1893 até agosto de 1895. 
Esta revolução ocorreu no Rio Grande do Sul, entre dois grupos oligárquicos, que lutavam pelo poder politico. Estes dois grupos eram: federalistas (maragatos) e republicanos (pica-paus). 
Os federalistas, incriminados de pactuar com a monarquia, defendiam um poder central forte, adotaram o parlamentarismo e instituiram um governo em Bagé (municipio do Rio Grande do Sul). Os maragatos tinham como intuito libertar Rio Grande do Sul, da chamada de tirania de Júlio Prestes de Castilhos, eleito presidente do estado. 
Já os castilhistas, como também eram chamados os republicanos, dominavam a politica rio-grandense, baseados numa Constituição positivista, e importunavam os federalistas. 
O presidente, não poderia ficar indiferente, teria que apoiar alguém, e optou ficar ao lado Júlio Prestes de Castilhos, deixando os federalistas ainda mais revoltados com o seu mandato, fortalecendo o antiflorianismo.
Em 1895, finalmente a paz foi estabelecida, com vitória dos republicanos de Júlio Prestes de Castilho. Nesta época, o atual presidente do País era Prudente de Moraes.
 
A Revolta da Armada (1893-1894) 
Foi uma revolta que num primeiro momento foi contra o governo do marechal Deodoro da Fonseca, e em segundo estava em oposição à permanência de Floriano Peixoto na presidência. 
Após causar a renuncia do presidente Deodoro da Fonseca 1891, o almirante Custódio de Melo, armou uma rebelião em 1893, contra o governo de Floriano Peixoto, tentando a sua renúncia, alegando que seu mandato era ilegal. 
A rivalidade entre o Exército e a Marinha ficou ainda mais acirrada. Assim, Exército prestou socorro ao governo, e a Marinha tinha o apoio dos navios da armada e do Batalhão Naval. 
Nesta mesma época a Revolução Federalista estava acontecendo no Sul e os dois movimentos eram o antiflorianistas, sendo assim, ambos acabaram se associando, e se fortalecendo principalmente com a união do almirante Saldanha da Gama. 
A Revolta da Armada foi reprimida pelos grupos florianistas. 
E após governa por três anos conturbados, encarando a oposições e resistências em seu mandato, Floriano Peixoto fortaleceu o novo regime, dando oportinidades para que os civis assumissem o governo. E assim foram realizadas as eleições presidenciais para escolher o sucessor de Peixoto. O presidente eleito foi Prudente de Moraes, que assumiu a presidência em 1894, findando a República da Espada.
A República das Oligarquias 1894 á 1930 
Quando Prudente de Moraes assumiu a presidência do País, foi iniciado um novo período republicano, a Republica das Oligarquias. A ação politico-administrativa era baseada na existência das oligarquias estaduais. 

As oligarquias mais influentes são as de Minas Gerais e São Paulo, sendo assim, ambas é que controlavam o governo federal. Mesmo assim, cada Unidade de Federação estava sob o dominio intransigente de sua oligarquia. 

Neste período, os interesses dos grupos oligarquicos eram defendidos, assim o Estado federal e estadual foram colocados totalmente em função do serviço agrícola, com predominio da oligarquia cafeeira. 


A política dos governadores: 
Teve início no governo Campos Sales (1898-1902). Consistia numa troca mútua de favores ent
re os governadores estaduais e o Governo Federal. Por acordo, ficou determinado que os grupos políticos que governavam os Estados dariam total apoio ao Governo Federal, que, em troca, só reconheceria a vitória dos deputados que pertencessem ao grupo. Como conseqüência, formaram-se as oligarquias estaduais. 

Observação - Os candidatos que não fizessem parte dessa política seriam "degolados", ou seja, não seriam reconhecidos como vitoriosos. 

O coronelismo: 
Fenômeno social e político típico da Republica Velha, caracterizado pelo prestígio do político e por seu poder de mando. O chefe político local ou regional era maior ou menor de acordo com o número de votos por ele controlado.

A política do café com leite:
A política do café com leite foi um programa nacional, realizado na república velha por dois estados que se completavam, um muito rico e importante em cultivo de café, já o outro um dos maiores estados produtores de leite, e que tinha o maior centro eleitoral, sendo eles: São Paulo e Minas Gerais respectivamente. Essa política marcou toda a República Velha, alternando presidentes mineiros e paulistas no poder. 

A política da valorização do café:
O café era o produto mais importante da economia do país. Mas no início da República, os cafeicultores enfrentaram graves problemas, os custos do café cairam, deixando com que seus cultivadores não participassem dos lucros, ou tivessem lucros pequenos. 
A politica da Republica Velha era dominada pelo setor cafeeiro, sendo assim, foi decidido a introdução da Politica de Valorização do Café, para assegurar os cafeicutores. 
O governo federal era quem defendia os interesses dos cafeicultores, e assim organizou a valorização do café pela compra ou retenção dos remanescentes da produção, contração de novos empréstimos no exterior, mantendo os preços dos produtos por meio da desvalorização da moeda brasileira, pois assim os produtos que eram importados, se tornavam mais caros. 

Sistema eleitoral fraudulento 
A Republica Oligarquica foi caracterizada por um sistema eleitoral depravado, pois nesta época o voto não era secreto, os politicos e os eleitores não tinham nenhum tipo de vínculo, e a ausência da Justiça Eleitoral, facilitava a realização de fraudes pelas oligarquias, que garantiam o dominio de seus candidatos nas eleições. 
A sucessão presidencial:

Prudente de Morais (1894 – 1898)


a) Revolta ocorrida no Sertão da Bahia, no governo de Prudente de Morais. Estava ligada às condições econômicas do Nordeste, ao messianismo e ao misticismo religioso, como saída para a miséria. 

b) Líder: beato Antônio Mendes Maciel, conhecido como Antonio Conselheiro. 

c) Movimento marcado pelo messianismo religioso. 

d) Objetivo: luta pela terra e pela criação de uma comunidade igualitária. 

e) Esta revolta inspirou Euclides da Cunha a produzir a obra Os Sertões. 

Campos Sales (1898 a 1902)
Manuel Ferraz de Campos Sales ou apenas Campos Sales, como ficou mais conhecido, era um advogado e Político. Foi eleito presidente em 1898, sucedendo Prudente Morais, em tempos que a economia do Brasil, se pautava em exportação de borracha e café, produtos que já não estavam indo tão bem quanto antes. O principal problema do País era a desvalorização da moeda. 
Então ele decidiu desenvolver a política dos governadores, e foi com essa nova medida que ele conseguiu afastar os militares do governo, e estabelecer a república Oligárquica. Foi este político que também criou a política do café-com-leite, para garantir o poder político das oligarquias.

Realizado no governo de Campos Sales, pelo ministro da Fazenda Joaquim Murtinho. Estabeleceu um acordo da dívida externa com os banqueiros ingleses do grupo Rotschild. A negociação estabelecia: 

a) Suspensão do pagamento dos juros por três anos. 

b) Novo empréstimo no valor de 10 milhões de libras esterlinas. 

c) Treze anos para o Brasil iniciar a amortização. 

d) Hipotecas do prédio da alfândega do Rio de Janeiro e da estrada de ferro Central do Brasil como garantias de pagamento. 

Rodrigues Alves (1902 a 1906)

Francisco de Paula Rodrigues Alves foi um bacharel em letras, diplomado pela Faculdade de Direito de São Paulo. Era muito conhecido por ser um grande empresário do ramo do café, um dos mais bem sucedidos do País na época, consideravelmente possuía a terceira maior fortuna do país. Durante seus quatro anos de mandato, Rodrigues Alves realizou grandes obras, como a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro, a melhoraria das estradas de ferro, e a reforma dos portos.
Revolta da Vacina
 

a) Marcou o governo Rodrigues Alves. Ocorreu no Rio de Janeiro, em 1904. 

b) Esteve ligada às condições de vida da população: desemprego, péssimas condições de moradia, saneamento, fome, etc. 

c) Destaque para o sanitarista Oswaldo Cruz, defensor das campanhas de vacinação obrigatória. 

d) Foi instituída a Lei da Vacina (pivô da revolta; o povo, de modo geral, ficou contra a obrigatoriedade da vacinação instituída pela Lei da Vacina). 

Convênio de Taubaté (1906) 

a) Acordo assinado no governo de Rodrigues Alves (1902-1906). As principais oligarquias reuniram-se em Taubaté (SP) a fim de tomar decisões importantes sobre a produção cafeeira. Participaram desta reunião os representantes de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

b) O Governo Federal deveria comprar a produção excedente de café, realizando a estocagem desta produção e se fosse preciso, a queima dos estoques. 

c) Objetivo: valorizar o café, evitando a queda nos preços. 

Afonso Pena (1906 a 1909)
Afonso Augusto Moreira Pena foi diplomado em Direito na faculdade de Direito de São Paulo, no ano de 1870. 
Mesmo sendo eleito pela política do café com leite, realizou um plano de governo, que não foi apenas de encontro a interesses regionais. 
Incentivava a imigração, tanto que foi durante o seu governo que teve inicio a imigração japonesa (1908). 
Contribuiu para a criação de ferrovias, por uma expedição de Cândido Rondon, fez uma interligação do Amazonas ao Rio de Janeiro, pelo fio telegráfico. 
Como Afonso Pena procurou se privar dos problemas das tradicionais oligarquias, acabou enfrentando uma crise pela sucessão. 
Em 1909, Afonso Pena morre, deixando o cargo para o seu sucessor Nilo Peçanha.

Nilo Peçanha (1909 a 1910)

Sua vida política começa quando ele é eleito para a Assembléia Constituinte do ano de 1890. Foi senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu ocupando este cargo até 1906, quando foi eleito vice-presidente de Afonso Pena. Em 1909, após a morte do presidente Afonso Pena, Nilo Peçanha assumiu o cargo. 
Durante o seu mandato, desenvolveu o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), e restaurou o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, que havia sido suprimido no tempo de Floriano Peixoto. 
Quando seu mandato estava próximo de chegar ao fim, com o rompimento da política do café-com-leite, houve a primeira eleição competitiva da Republica Velha, que foi vencida pelo marechal Hermes da Fonseca.

Marechal Hermes da Fonseca (1910 a 1914)
Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, nome bem parecido com um de nossos primeiros presidentes, mas não é apenas uma casualidade, ele era sobrinho de Manuel Deodoro da Fonseca. 
Seu mandato foi muito amotinado, e durante muitas vezes foi declarado estado de sítio no País. 
Para interromper a Política dos Governadores, Hermes da Fonseca desenvolveu a Política das Salvações, fazendo intervenções militares, acabando com os grupos oligárquicos da oposição.

Política das Salvações
 
a) Movimento criado para acabar com a influência de Pinheiro Machado na orientação do governo Hermes da Fonseca. 

b) O objetivo era salvar o País do domínio oligárquico e da desmoralização política. Na verdade, essa política não passou da derrubada das velhas oligarquias estaduais, por meio de intervenções militares e de sua substituição por novas oligarquias com o Poder Executivo Federal. 
Muitos levantes surgiram em contradição com essa nova política, o que evidenciou o seu fracasso. O levante que mais se destacou foi a Revolta do Juazeiro: 
a) Ocorreu no Ceará, no sertão do Cariri, em 1914. Confronto armado entre as oligarquias cearenses, dominadas pela família Accioly, e o Governo Federal. O conflito originou-se da interferência do poder central na política estadual, nas primeiras décadas do século XX. 

b) Foi liderada pelo padre Cícero e apoiada pelos coronéis que protestavam contra o interventor do Ceará, imposto pelo presidente Hermes da Fonseca. 

c) Prevaleceu, no fim do conflito, a vitória dos sertanejos liderados pelo padre Cícero. Os Accioly voltaram a comandar o Ceará; o padre Cícero, a cidade de Juazeiro. 

Revolta da Chibata 

a) Aconteceu no governo Hermes da Fonseca. Revolta no Batalhão Naval, no Rio de Janeiro, 1910. 

b) Foi comandada pelo marinheiro João Cândido, conhecido como “Almirante Negro". 

c) Causas da revolta: Maus-tratos (surras de chibata) que sofriam os marinheiros. 

d) Os rebeldes, sob o comando do negro João Candido, apoderaram-se de dois navios de guerra da marinha: os encouraçados São Paulo e Minas Gerais. Eles exigiam o fim dos castigos corporais, a melhoria nos soldos e redução da jornada de trabalho. Se as reivindicações não fossem atendidas, o Rio de Janeiro seria bombardeado. 

e) O governo fingiu que negociaria com os revoltosos, mas optou por sufocar o movimento, condenando o líder João Cândido à prisão. 
Durante o governo de Hermes da Fonseca, se destacou ainda a queda das exportações de café e borracha, determinando uma grave crise econômica no país, e o Funding Loan, que reestabeleceu um novo acordo da dívida externa. 

Venceslau Brás (1914 a 1918):
No dia 15 de novembro de 1914, Venceslau Brás assumiu o poder da presidência do Brasil. 
Através do Pacto de Ouro Fino, promoveu a reconciliação de São Paulo e Minas Gerais. 
Também foi eleito pela política do café-com-leite, e logo que chegou ao poder precisou combater a Guerra do Contestado. Além disso, enfrentou também muitos problemas políticos, crises estaduais e manifestações militares. 
Seu mandato ficou marcado pela Primeira Guerra Mundial, que ocorreu neste mesmo período, gerando no país uma série de problemas econômicos, mas também provocou um considerável avanço no setor industrial.

Guerra do Contestado (1912 - 1916) 

a) Revolta que teve início no governo Hermes da Fonseca (1910 – 12) e foi sufocada no governo Venceslau Brás (1914 – 1918) nos limites entre Paraná e Santa Catarina. 

b) Características semelhantes à Guerra de Canudos: religiosidade, misticismo, messianismo e luta pela terra. 

c) Lideres: monges João e José Maria 

Delfim Moreira (1919)
Na campanha eleitoral de sucessão a Venceslau Brás, 
Rodrigues Alves foi o vitorioso e assumiria a presidência pela segunda vez, mas infelizmente, antes de tomar posse, ele foi contaminado pela gripe espanhola e veio a falecer. 
Sendo assim, Delfim Moreira que havia sido eleito como vice-presidente assumiu a presidência. Mas seu mandato foi curto, pois ele cumpriu o que manda o artigo 42 da Constituição de 1891: “Se no caso de vaga, por qualquer causa, da Presidência ou Vice-Presidência, não houverem ainda decorrido dois anos do período presidencial, proceder-se-á a nova eleição.”

Epítacio Pessoa (1919 a 1922)
Em 28 de julho de 1919 Epitáfio Pessoa recebeu posse. 
Ele colocou os civis nos ministérios militares, com o intuito de desviá-los do setor politico, e com isso gerou um descontentamento geral por parte dos militares que foram ás ruas para fazer manifestações. 
O plano econômico-financeiro de seu governo, inicialmente era severo, pois as despesas, emissões e o setor cafeeiro eram delimitados. Mas com o passar do tempo, após a queda das exportações, o governo passou a contratar empréstimos externos, realizar a emissão de papel-moeda, e desenvolveu a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil, colocando à disposição o crédito bancário, e valorizando o setor cafeeiro. 

O antagonismo dos militares e o descontentamento com o sistema politico geraram uma série de revoltas que marcaram o fim do mandato de Epitáfio Pessoa, esses motins foram chamados de Movimentos Tenentistas.

Tenentismo 

a) Movimento da jovem oficialidade brasileira de contestação às apodrecidas instituições da República Velha. 

b) Tinha caráter elitista; os jovens oficiais preparavam-se na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. 

Acreditavam que o caminho para salvar a pátria era a tomada do poder. 

c) Os tenentes indispuseram-se com a alta oficialidade e acusaram a cúpula do exército de estar a serviço das oligarquias dominantes. 

d) Os tenentes, apesar da preocupação com a miséria popular, não acreditavam que o povo, despreparado, fosse capaz de lutar pelos próprios interesses. À frente da luta deveriam estar, portanto, os jovens oficiais. 

Revolta do Forte de Copacabana (1922) 

Foi a primeira manifestação armada tenentista. Travada na praia de Copacabana, marcou o fim do governo de Epitácio Pessoa. O objetivo era evitar a posse de Artur Bernardes. No confronto com as forças do governo, morreram 16 oficiais, sobrevivendo apenas os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes que, mais tarde, participariam de outros movimentos tenentistas. Esta revolta ficou conhecida como "Os 18 do Forte". 

Artur Bernardes (1922 a 1926)
A vitória de Artur Bernardes para a presidencia preservou o descontentamento militar, assim o seu governo sofreu com a oposição, sendo o mais sublevado durante toda a Republica Velha. Com isso, o presidente Artur Bernardes decretou constantemente estado de sítio.

revolução Paulista (1924) 

No segundo aniversário da primeira revolta tenentista, explode, em São Paulo, outra manifestação armada dos tenentes. Dessa manifestação, o movimento expandiu-se para o Norte e Nordeste do País. Os tenentes tomaram varias cidades brasileiras, entre elas Natal, Belém, Santarém, Óbidos e Manaus. 

Coluna Prestes (1924 - 1927) 

Representou o ponto culminante da luta armada da jovem oficialidade. Teve como líder Luís Carlos Prestes. Percorreu cerca de 25 mil quilômetros de Sul a Norte. Tinha por objetivo conscientizar a população brasileira do perigo que representavam para o país as oligarquias dominantes. Propunha salvar o Brasil pela entrega do poder aos tenentes. 

Durante o mandato de Artur Bernardes houve também uma guerra civil no Rio Grande do Sul liderada por Assis Brasil, em razão da quinta reeleição de Borges Medeiros como governador do Estado. O general Setembrino de Carvalho, ministro da Guerra, interferiu na guerra, evitando o seu agravamento por meio do Tratado de Pedras Altas. 
Neste acordo estava previsto que o governador permaneceria no governo até o final de seu mandato, e os rebeldes teriam o direito de participar da politica, além disso, foi feita uma reforma na Constituição do Estado, que não permitia que Borges Medeiros se reelegesse nas próximas eleições. 

No ano de 1926, o poder do Executivo Federal foi consolidado quando a reforma da Constituição Federal foi sancionada, e agora determinava a restrição ao habeas corpus, e o direito do veto parcial presidencial. 

Agora cada Estado iria se responsabilizar pelos seus problemas com café, em São Paulo, por exemplo, foi criado o Instituto do Café do Estado de São Paulo. 

Washington Luís (1926 a 1930)

Em 15 de novembro de 1926 Washington Luís tomou posse da presidência, ele que foi o último presidente da Republica Velha. 
Aparentemente, acreditavam que o governo de Washington Luís seria uma tranquilidade geral, pois o país tinha acabado de passar por um 
período político conturbado. 
Com características de um politico conciliador, ele tirou o país do estado de sítio, e mesmo cencedendo a liberdade aos presos civis e militares, não decretou a anistia politica. 

Em 1927, foi criada a Lei Celerada, uma lei anticomunista usada pelo governo como um instrumento para conter as revoltas tenentistas e os movimentos operários. 

Washington Luís desenvolveu uma politica econômico-financeira. Este plano estava baseado na criação de uma Caixa de Estabilização, a qual realizava a emissão de papel-moeda conforme os empréstimos externos ou entrada de ouro. Esta medida não teve um bom êxito.Em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, ocorreu a crise de 1929 que marcou o seu governo. Esta crise afetou o setor cafeeiro, deixando o preço do café lá embaixo. 

O governo de Washington Luís começou a provocar um descontentamento, bem como a Republica Velha. E no fim de seu governo, todos os procedimentos mal realizados se acumularam gerando no país uma arrebatada rebelião, a chamada Revolução de 1930 que depôs Washington Luís da presidencia e findou a República Velha.
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Prudente de Morais foi candidato a presidência da república pelo partido PRF, que havia sido fundado pelo paulista Francisco Glicério em 1893. Mas venceu as eleições para presidente em 1º de março de 1894, foi primeiro presidente civil a ser eleito na Republica Velha de forma direta, mas só vem a tomar posse em 15 de novembro, do mesmo ano. Enquanto esteve no governo, durante os seus quatro anos de mandato, ocorreram alguns problemas políticos em relação a partidos políticos e a continuação da Revolta Federalista, que estava acontecendo no Rio Grande do Sul em 1893 á 1895.
guerra de Canudos (1894 – 1897)

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